Um simples sobrevivente

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Ser poeta não é apenas escrever! É nascer e viver poesias. Poeta e Editor

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A Poesia

A poesia na quela fotografia, na tela pendurada com traços do artista, no sorriso da criança que está cheio de esperança, no olhar marejado do velho acanhado. Há! Também ouço poesia no vento, vejo ela escrita no firmamento, ouço poesia nas ondas do mar...
A poesia no pico da montanha
no riacho e castacas...
agora vejo poesia em seus olhos.

Amaury Nogueira Poeta Paranaense

Até Quando

Até quando meus olhos apreciaram
tragédias e meu coração choraras?
Quando olho nas esquinas, vejo crianças
pedindo um trocado para saciar sua fome
pode ser pela pedra de crak, pelo saco de cola,
ou até mesmo por um pão.
Vejo idosos dormindo nas calçadas no puro chão
paro e olho para as pessoas e parece que é tudo
normal será que dormi de mais, será que é só minha
essa indignação por ser um pobre cidadão que
recolhe os impostos e trabalha de manhã até o anoitecer?

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Esse Lindo Sorriso

Esse Lindo Sorriso

tenho pouco tempo para dizer
tudo que está preso aqui dentro
deste velho e cansado coração.
já não falo mais que sou apaixonado,
que te amo, que te venero
os dias passam e eu, fico a pensar...
que já vivemos em vidas anteriores 
pois, seu jeito é familiar 
seu abraço, tudo em você
aparenta ser conhecido até mesmo
esse lindo sorriso parece que eu 
já tinha visto.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Atleta das Letras


Sou campeão escrevendo poemas...
ao driblar o medo subi ao pódio, o palco
e declamei meus simples poemas
venci o preconceito e sou feliz.
superei os obstáculos da fome, saltei
com os olhos abertos, juro que foi no rumo certo
e sai com os dois corações batendo
em um só ritmo.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

Esquecimento

Esquecimento

Esqueci a porta de meu coração
entre aberta, e sem pedir licença
você entrou, tentando ser educado
lhe ofereci minha mão, neste instante
foi infectado pelo vírus do amor,
desde então, os dias passaram
e não conseguia tirar das retinas
dos meus olhos aquele sorriso
e aquele olhar profundo que me resgatou
do meu mundo acanhado.
Retirou os meus sonhos e fez que eu começasse
a viver cada um deles ao seu lado,
Olha eu que era bem acanhado!
Ao seu lado sinto-me bem folgado
e porque não dizer continuo apaixonado.
esquecendo tudo para ficar do seu  lado amor.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Encanto Oculto

Fitando você percebo
o quão linda esta.
Vejo o rejuvenescer de sua pele
a cada dia que passa.
Seus olhos brilham
como as estrelas!
No seu suspirar
vejo o encanto oculto
que o guarda até repousar
em seu leito.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

Amar


Amar

Amar a si mesmo, sempre em primeiro lugar
deixando espaços no coração para amar
amigos próximos e aqueles que não saem
do peito chamado do coração.   
Se somos a semelhança do Pai!
Somos semi deuses, podemos mudar
o mundo a nossa volta.
Podemos viver no paraíso em mente e espírito.
O amor universal uni pessoas e nos fortalece
a cada dia, grite para o mundo ouvir
demonstre seu amor a cada segundo
somente assim teremos o paraíso ao alcance das mãos.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense



Entrevista com Amauri Nogueira

Entrevista realizada por Isabel Furini.

Amauri Nogueira é o coordenador da Antologia Conexão I e Conexão II. Essas antologia reúnem trabalhos de poetas paranaenses que fazem parte da Feira do Poeta de Curitiba e de poetas de outros estados.

Quando surgiu sua paixão pela poesia?

Em 17 de março de 1981 surgiu meu primeiro poema, mas sempre relutei em dizer que escrevia. Eu trabalhava no Mercadorama, no centro, e engraxava sapatos também, pois eu tinha que me sustentar, já morava sozinho em quarto de pensão.
Quando engraxava sapatos conheci um seco bigodudo no bar Bife Sujo na Marechal Deodoro. Somente mais tarde fui saber que meu cliente era Paulo Leminski.
Em 1984 quando resolvi voltar estudar, meus colegas de sala começaram a me pedir que eu escrevesse poemas. Eu disse que não escrevia poemas...
Em uma certa ocasião uma amiga me pediu um poema que tinha escrito, e eu disse: “então faz de conta que é poesia”. Esta frase se tornou o nome de meu primeiro livro em 1990.


Pode citar seus livros e autores preferidos? 

Parece uma sina, mas não criei um hábito de dar preferência aos autores que li. Não tinha muito tempo para ler, pois desde a infância trabalhei. Monteiro Lobato foi o único que esteve em minha infância, pois sempre acompanhei o Sítio do Pica Pau Amarelo na tevê.

Fale sobre o seu processo de criação. Você escreve a partir de uma palavra, de uma imagem, de uma ideia...


Acredito na inspiração, pois acordei muitas vezes de madrugada somente para escrever. Hoje tenho um pouco mais de facilidade em escrever sobre os temas atuais. Quando comecei a escrever escrevia muito sobre o amor e a natureza.

Como surgiu a ideia da Antologia de poesia Conexão? 

Estava com o Luis Ronconi e Regina Bostulin descendo a São Francisco quando disse aos dois: “Temos que fazer algo que marque o retorno da Feira do Poeta”. Então começamos a dar sugestões, surgiu o “Varal de poesias” com o Ronconi e o “Pise Poesia” com a Regina.
Lembro-me que disse: “Isso é pouco, pois a Feira merece muito mais. E por que não uma Antologia?” Os dois olharam para mim e perguntaram “Com quantos participantes?”
Eu respondi: “Com uns vinte.”
E fui retrucado de novo: “Será que conseguimos vinte? E quem assume a responsabilidade?”
“Eu.” -  respondi, e complementei: “Eu quem deu a ideia. Eu assumo, desde que vocês façam parte.”
E assim comecei a convidar os poetas conhecidos, mas também queria mesclar com os novos. Aos domingos ia até a Feira do Poeta garimpar quem poderia estar com a gente nesse processo. Depois defini a data e o lançamento, mesmo sem ainda ter os poetas participantes. Escolhi o dia 04 de outubro por ser o Dia Internacional do Poeta, e assim comecei a definir o Conexão.


Foi difícil organizar Conexão I e Conexão II? 

Posso dizer que sim, pois há quase doze anos sem conversar com a maioria dos poetas e sem conhecer os novos, isso exigia confiança por parte deles.Vencendo esta parte e fazendo reuniões semanais, depois passando para uma reunião quinzenal, formamos o grupo. Assim se tornou possível realizar a Conexão.

Como foram escolhidos os participantes? 

Na Conexão I os poetas foram garimpados por mim e por outros participantes, como por exemplo, o Osmarosman Aedo, que foi convidado pela Vanice Zimermman. Ele chegou em hora oportuna, colaborando muito para a realização e além de enriquecer a antologia convidando poetas de outros estados.
Já na Conexão II, fiz questão de chamar os poetas que não participaram da primeira. Mas muitos participantes do Conexão I fizeram questão de participar novamente, o que tornou a obra bem rica e variada.

Fale de seus próximos projetos.

Pessoalmente, não gosto muito de projetos longos, mas sei que é necessário. Tenho um pouco de cautela, pois a vida nos prega algumas peças.
Mas pretendo dar continuidade nesse projeto de antologia, pois sei que existem muitos poetas que ainda não tiveram a chance de publicar seus trabalhos. Esta é uma das formas deles mostrarem seus trabalhos, participando de uma antologia.













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Segurança



Ao vê-la tão linda
balbuciei em falar
de tão tremulo que fiquei
com o mirar fixo
de seus olhos nos meus.
Tive segundos de sensatez
antes de tocar em sua faceta,
cansei de castelar...
Agora vou aos céus com você
com toda segurança.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nevoeiro




Nas colinas, na serra do mar
o nevoeiro está sempre a encantar...
encobrindo o véu da noiva
fazendo meus olhos marejar
sentindo no ar o gosto de mar

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

Curitiba

O colorido é todo seu
olhe para os ipês amarelos
roxos, veja o amor perfeito
nas jardineiras ao longo da
rua quinze nos bairros são
as cerejeiras quem fazem o
espetáculos nas ruas
é primavera as rosas
embelezam jardins
é espalhado no ar o aroma
do jasmim a linda flor da noite
é tanta beleza que os olhos
brilham muito mais
aqui na Capital do meu Paraná.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Sou Livre


Agora sem as correntes,
sem mordaça e corda.
Não durmo mais no escuro quarto.
Posso apreciar o nascer do sol,
correr na chuva pular possas…
Ir e vir sem restrições.
Minhas mãos já pode novamente
pegar em lápis, posso colocar
em papel marche minha poesia,
meu grito e meu lamento.
Sou livre igual um pássaro
a procura de minha morada
não importo em trabalhar de sol a sol,
na chuva e no frio, desde que seja livre
para agir, cantar pular e dançar com as estrelas
Prisão, escravidão nunca mais!


Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Negros e Mestiços

Passam os anos, décadas, vem a tecnologia
O homem descobre a cura de doenças terminais,
Novos medicamentos prolongam a vida e ainda.
Carregamos no peito a mácula da ignorância,
O câncer do preconceito, da discriminação por causa
Da melanina.
Essa pobreza de espírito que destrói vidas, causa desemprego
e aumenta o ódio entre seres ditos humanos.
Não basta cotas e bolsas se não houver uma mudança
De consciência.
Vinte de novembro de dois mil e dezesseis ainda falta consciência
Para que possamos celebrar uma data para os negros e mestiços
Do imenso Brasil.

Amaury Nogueira

Poeta Paranaense

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

BANCO

BANCO

Dia de sol, céu de brigadeiro

vento somente nas copas das árvores,

pombas na calçada, bem te vi e sabias

cantando, já o joão de barro saltitando

grama a fora...

um verdadeiro encanto, observo tudo 

sentado em um banco.

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense

Honra ao Mérito



Sinto-me lisonjeado 
Feliz e grato ao Pai
que me deu o dom
de poetar.
A capacidade de formar
versos e escrever poemas.
Sou sim abençoado
por viver nesta era onde
o ser deixa de ser humano
para ser apenas um número
a mais nas estatísticas...
Sou poeta, escrevo o amor
tento transformar a dor
em sonhos e viver 
intensamente o hoje!
A vida me proporcionou
uma medalha de honra ao mérito
por ser o que sou,
apenas um latino americano.

Amaury Nogueira

Poeta Paranaense




Homenagem do Instituto Cervantes de Curitiba
Pelo Trabalho do Livro Conexão II de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Revista Carlos Zemek - Arte e Cultura: Entrevista com o poeta Amauri Nogueira

Revista Carlos Zemek - Arte e Cultura: Entrevista com o poeta Amauri Nogueira: Amauri Nogueira na fotografia de Decio Romano. Quando surgiu sua paixão pela poesia? Em 17 de março de 1981 surgiu meu primeiro poe...

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Apenas espinhos

Ao desabrochar meu amor,
você ficou com as pétulas
e com o perfume...
restando-me apenas os espinhos
marcando meu coração!

Amaury Nogueira
Poeta Paranaense